Todos os dias, quando saímos de casa e nos dirigimos ao local de trabalho, dependendo da ocupação, ligamos o computador e nos deparamos com a caixa de entrada do e-mail.
Esses comportamentos, feitos por milhares de pessoas ao redor do mundo, são recentes se comparados com todas as transformações que o mundo do trabalho passou nas últimas centenas de anos.
Neste artigo, vamos nos aprofundar nessas mudanças e em como surgiu o escritório que conhecemos atualmente.
Vamos viajar no tempo?
Como o trabalho surgiu?
De forma bastante resumida, podemos dizer que o trabalho acompanha a história da humanidade desde o seu surgimento.
É por isso que em cada período específico, o sistema de produção era diferente e se caracterizava conforme o contexto histórico que estava inserido.
Mas no início, o trabalho estava ligado principalmente às necessidades básicas de alimentação e sobrevivência do ser humano.
Contudo, foi durante a Pré-História, na Idade da Pedra Lascada, que o trabalho passou por um aprimoramento significativo com a construção de ferramentas para caça e confecção de roupas e preparo dos alimentos.
Ao longo dos anos, a habilidade humana de se adaptar e criar novas técnicas transformou significativamente nosso entorno, tornando-o um ambiente cada vez mais complexo e repleto de significados.
Esta é a principal diferença do ser humano se comparado com outros animais. Nós não construímos e trabalhamos somente por um instinto.
Nós criamos intenções nesse processo e por isso organizamos racionalmente o trabalho.
O surgimento dos escritórios
Os escritórios são espaços de trabalho que surgiram na Idade Média, nos mosteiros, onde os monges se dedicavam ao estudo e à escrita de documentos.
Os monges preferiam locais afastados para se concentrar em suas atividades intelectuais, mas esses espaços eram muito diferentes dos escritórios de hoje, eram extremamente desconfortáveis e todos trabalhavam em pé.
Anos mais tarde, a partir do século XIII, com o renascimento, o conhecimento religioso começou a se misturar com a ciência e o comércio.
Foi então que os escritórios passaram a ser usados para a organização administrativa dos estados centralizados, que aumentaram muito entre os séculos XVII e XVIII.
Os escritórios também serviam para a classificação e o arquivamento de informações importantes para os intelectuais e os comerciantes. Além disso, artistas e escritores usavam os escritórios como espaços de isolamento independentes, onde podiam criar suas obras.
Saiba mais sobre a evolução dos modelos de escritório nos últimos anos abaixo.
O modelo Taylorista
Os escritórios predominantes no início do século XX eram baseados na segregação espacial, na hierarquia, na especialização e na padronização das atividades.
As principais influências para esse espaço são do engenheiro americano Frederick Winslow Taylor, que usou o cronômetro e os princípios da gestão científica nos escritórios.
Espaço humanista
Já nos anos 30, existe uma mudança na visão do trabalhador que passa a ser considerado como um ser humano, com aspectos psicológicos que influenciam na sua produção diária.
Um marco dessa época é o edifício Johnson Wax Building, projetado pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, que foi inovador em vários aspectos. Ele contava com colunas em forma de árvore, móveis modulados, plano aberto e ar condicionado em todos os ambientes, tendo sido tombado pelo patrimônio histórico dos Estados Unidos, em 1976.
Espaços sem fronteiras
Na década de 50, grandes espaços abertos começaram a ganhar escritórios, com o objetivo reduzir as diferenças hierárquicas e estimular a colaboração entre os funcionários.
Contudo, esse modelo também gerou problemas de desconforto acústico e falta de privacidade, principalmente pela estranheza que esses ambientes mais abertos causavam.
Uso de computadores nos escritórios: mais flexibilidade e compartilhamento
Com a chegada dos computadores, nos anos 2000, a estrutura física dos escritórios precisou passar por modificações significativas.
Os espaços passaram a considerar a flexibilidade em seus projetos, com o compartilhamento de mesas e bancadas.
O aumento de espaços coworking em cidades como São Francisco, Londres e Berlim também marcou este período.
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