Na semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, a BQ Escritórios e Coworking está trazendo conteúdos especiais sobre a presença das mulheres no mercado de trabalho. Hoje, vamos falar sobre liderança feminina.
Segundo pesquisas recentes, apenas 3% das mulheres ocupam cargos de liderança no Brasil. Já o levantamento do Ministério da Economia apontou que dentro das empresas, as mulheres possuem 42,4% das funções de gerência, 27,3% das vagas de superintendência e 13,9% dos cargos de diretoria.
Estes dados demonstram um cenário em que, quanto mais alta a posição dentro de uma empresa, menor é a participação feminina.
Confira hoje um pouco mais sobre liderança feminina e participação das mulheres no mercado de trabalho.
A liderança feminina e o mercado
A “desvantagem” das mulheres no mercado de trabalho em relação aos homens é uma questão histórica. Afinal, por muito tempo elas foram impedidas de trabalhar fora de casa e eram as únicas responsáveis por cuidar das tarefas domésticas e dos filhos, enquanto os homens eram os provedores do lar.
Mas com o passar dos anos, este cenário mudou. Agora, as mulheres almejam igualdade de gênero, salários dignos, altas posições dentro das empresas e diversas outras questões que envolvem direitos iguais.
Uma pesquisa da Grant Thornton apontou que, no Brasil, as mulheres ocupam 34% dos cargos de liderança sênior (direção executiva) das empresas.
Em comparação com 2019, houve um aumento de 9% na representatividade feminina em cargos de liderança.
Mas apesar das melhorias, ainda há muito o que se fazer!
Isso porque as mulheres seguem recebendo salários menores do que os homens, mesmo exercendo atividades iguais.
Segundo o levantamento da Catho, mulheres em cargos de liderança recebem cerca de 23% a menos do que os profissionais do sexo masculino.
Para o futuro, o cenário é mais animador!
Conforme o levantamento da ZRG Brasil, empresa global de Executive Search e consultoria em lideranças, haverá uma maior presença das mulheres em cargos de liderança em 2021.
De acordo com o estudo realizado em 2020, durante este ano, haverá um aumento de 50% na participação das mulheres em conselhos administrativos.
Este aumento da liderança feminina traz efeitos positivos tanto para as mulheres quanto para a sociedade e a economia.
De acordo com o Mckinsey Study, empresas que possuem mais mulheres na liderança, em comparação com a média da indústria, apresentam um crescimento operacional de 48% e um faturamento 70% maior.
Já os dados da Organização Internacional do Trabalho apontam que as organizações que acompanham os impactos da diversidade de gênero na liderança registram um aumento de 5% a 20% nos lucros.
Características que favorecem a liderança
Como você conferiu acima, a presença das mulheres em cargos de liderança representa melhores resultados para o faturamento da empresa.
Isso acontece, pois o público feminino tem características e qualidades únicas que são de grande utilidade nas organizações.
Confira algumas das principais características que favorecem a liderança feminina:
- Determinadas
As mulheres são mais determinadas quando o assunto são oportunidades de crescimento. Afinal, elas precisam de maior qualificação profissional para ocupar os mesmos cargos que os homens.
Neste cenário, as profissionais se tornam mais persistentes e focadas em superar obstáculos corporativos e vencer os desafios impostos pela empresa.
- Harmônicas
Devido a características únicas, como ver o todo, equilibrar e pensar pela intuição, as mulheres obtêm mais êxito em motivar e engajar os colaboradores.
Assim, as mulheres na liderança são capazes de tornar o ambiente de trabalho mais positivo, saudável e harmônico para todos.
- Valorizam as pessoas
Por terem ultrapassado diversos obstáculos em busca da igualdade de gênero, as mulheres na liderança tendem a buscar um ambiente de trabalho mais igualitário e harmônico para todos.
Por isso, elas valorizam cada membro da equipe, estão sempre prontas para ouvir os colaboradores e aceitar novas ideias e costumam convocar a participação de todos durante as decisões que envolvem a empresa.
Mulheres que inspiram
Apesar de todos os desafios impostos pela sociedade, as mulheres exercem cada vez mais sua independência e lutam por igualdade de direitos.
Confira alguns exemplos de liderança feminina e empreendedorismo que inspiram outras mulheres:
1 - Luiza Trajano
Já que estamos falando de liderança feminina, não podemos deixar de citar Luiza Trajano, o grande nome por trás do Magazine Luiza, uma das maiores redes de lojas de varejo do Brasil.
Aos 12 anos de idade, Luiza já trabalhava de balconista em uma das lojas da família, demonstrando uma forte vocação para os negócios.
Anos mais tarde, ao assumir o comando da empresa, Luiza transformou a marca em uma das mais conceituadas do mercado e com forte presença digital.
Hoje, o Magazine Luiza opera em 819 cidades brasileiras distribuídas em 21 estados.
2 - Glória Maria
Apesar de não estar à frente de um negócio, Glória Maria é um grande exemplo de liderança feminina.
Mulher, negra e de origem humilde, Glória enfrentou obstáculos ainda maiores durante sua vida. Mas mesmo com todas as dificuldades, ela se tornou um dos principais nomes do jornalismo.
Glória foi a primeira repórter negra da TV brasileira e também a primeira repórter a fazer um link ao vivo na TV.
Ao longo de sua carreira de sucesso, Glória entrevistou grandes personalidades nacionais e internacionais, superou preconceitos e viajou o mundo, visitando mais de 156 países.
3 - Sara Blakely
Considerada uma bilionária self-made, que conquistou sua fortuna através de esforços próprios, Sara Blakely é um grande exemplo de sucesso de empreendedorismo feminino.
Sara começou sua carreira nos negócios com um investimento de cinco mil dólares e um protótipo de shapewear, cintas modeladoras para as mulheres.
Hoje, a marca Spanx já ampliou seu portfólio para incluir roupas de maternidade, leggings e até roupas íntimas masculinas, além de estar presente em mais de 60 países.
4 - Cristina Junqueira
A brasileira Cristina Junqueira é sócia e cofundadora do Nubank, um dos principais bancos digitais independentes do mundo.
Formada em engenharia pela USP, Cristina trabalhou por muito tempo em bancos tradicionais, até que viu a oportunidade de promover uma grande disrupção no sistema financeiro. Assim, em parceria com seus sócios, ela criou o Nubank.
Em 2020, Cristina foi reconhecida na edição anual das Mulheres Mais Poderosas do Brasil da revista Forbes.
No mesmo ano, a empresária foi a única brasileira a ser reconhecida na lista Fortune 40 under 40.
Gostou do conteúdo de hoje e quer conferir mais sobre liderança feminina e empreendedorismo?
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