Neste mês de março, você tem acompanhado aqui no blog da BQ conteúdos especiais sobre a presença das mulheres no mercado de trabalho. Nesta semana, vamos falar sobre carreira feminina.
Apesar de representarem a maioria da população brasileira — 51,8%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) — as mulheres ainda ocupam menos cargos de liderança em comparação com os homens.
Mas você já se perguntou por que isso acontece?
De acordo com o relatório do International Business Report da Grant Thornton, as brasileiras ocupam 34% dos cargos de liderança sênior (diretoria executiva) nas empresas.
Este dado coloca o país em 8º lugar no ranking dos 32 países participantes da pesquisa. Estamos atrás de nações como Filipinas, África do Sul, Polônia e México.
E não é só isso!
Mesmo dedicando mais tempo à qualificação profissional, as mulheres ainda ganham menos quando comparadas aos homens, conforme o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, as trabalhadoras brasileiras ganham cerca de 20,5% menos do que os homens.
E mesmo com o avanço nas discussões sobre igualdade de gênero e equiparação salarial, ainda há muito o que ser feito!
Afinal, as mulheres continuam enfrentando grandes desafios tanto dentro quanto fora do mercado de trabalho.
Um exemplo disso é a jornada dupla que muitas profissionais precisam enfrentar no dia a dia.
Historicamente, os trabalhos domésticos e a educação dos filhos sempre foram trabalhos destinados às mulheres. Por isso, mesmo entrando no mercado de trabalho, elas ainda são as principais responsáveis pelas tarefas domésticas.
Conforme aponta o IBGE, as profissionais brasileiras que trabalham fora dedicam 18,5 horas semanais às tarefas domésticas, enquanto os homens nesta mesma situação destinam apenas 10,3 horas aos trabalhos de casa.
Desafios na carreira feminina
Não é novidade que, no mercado de trabalho, a meritocracia não funciona da mesma maneira para homens e mulheres.
Em tese, este conceito defende que cada pessoa é capaz de prosperar através de esforço próprio, sem precisar da ajuda de terceiros. Contudo, nem sempre os colaboradores de uma organização tiveram acesso às mesmas oportunidades.
Enquanto os homens, mesmo com menor qualificação, são mais visados para assumir cargos de liderança, as mulheres precisam enfrentar uma série de obstáculos na carreira, apresentando uma participação em cargos de responsabilidade muito menor que o ideal, considerando a preparação profissional delas.
Esta realidade reforça que, apesar do esforço coletivo das mulheres para entrar no mercado de trabalho e desenvolver uma carreira estável, a diferença entre os gêneros permanece em evidência, dificultando a “competição” em igualdade de condições.
Como mudar este cenário?
Empresas que investem na igualdade de gêneros e abrem espaço para uma maior participação feminina em cargos de liderança podem se beneficiar de diversas formas.
Afinal, promover a diversidade, seja de gênero, raça ou idade, representa para as organizações mais inovação, melhores resultados nos rendimentos, ambiente interno mais harmônico, equipe motivada, e muito mais!
Agora que você já acompanhou os principais desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, que tal saber mais sobre empreendedorismo feminino no blog da BQ?
Confira nosso artigo sobre a importância da presença feminina no cenário empresarial clicando aqui, e conheça exemplos de mulheres que servem de inspiração para profissionais e jovens empreendedoras.